O Mensageiro

Castelo simbólico de Rio Branco do Sul celebra 50 anos da A.R.L.S Juca Paranhos com cerimônia marcada por memória, legado e espiritualidade

A ARLS Juca Paranhos nº 1 celebrou neste 24 de novembro um marco histórico: o Jubileu de Ouro de sua fundação, em uma cerimônia que destacou a força simbólica de seu templo, o legado moral de seu patrono e a responsabilidade espiritual das futuras gerações. Instalado no ponto mais alto de Rio Branco do Sul, o emblemático castelo que abriga a Loja tornou-se novamente o centro das atenções, não apenas pela imponência arquitetônica, mas pelo significado que carrega para a maçonaria paranaense e brasileira.

A estrutura, erguida com técnica que dispensa ferro entre as pedras, mantidas juntas apenas pelo encaixe preciso e pela gravidade, foi lembrada como uma metáfora da própria Ordem. Assim como o templo se sustenta pela união perfeitamente ajustada de cada bloco, os integrantes da Loja se mantêm firmes pela fraternidade, constância e afinidade moral que os unem há cinco décadas. O local, frequentemente citado em documentários internacionais pela singularidade de sua arquitetura, é reconhecido como um dos templos maçônicos mais emblemáticos do mundo.

Durante a cerimônia, os presentes revisitaram a história e os valores de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, patrono da Loja. Sua trajetória como diplomata, estudioso e homem público foi destacada como exemplo permanente de disciplina, coragem e dedicação ao bem comum. Para membros da ARLS, a forma como Paranhos conduziu conflitos territoriais do país, sempre pela diplomacia e pelo conhecimento, representa um ideal de conduta a ser seguido pelos maçons contemporâneos.

A celebração também resgatou a visão dos fundadores Castorino Rodrigues, Silas Pioli e Pedro Franco, que há 50 anos sonharam com um templo que simbolizasse mais que tradição: um espaço que formasse homens comprometidos com os valores da liberdade, igualdade e fraternidade. O número “1”, que identifica a Loja na Grande Loja Unida do Paraná (GLUP), foi lembrado não como privilégio, mas como responsabilidade moral, reforçando o papel de liderança da instituição dentro da ordem maçônica.

O tom espiritual da noite ressaltou ainda a importância da perseverança dos irmãos ao longo de décadas, em um mundo marcado por mudanças rápidas e pela perda de referenciais éticos. A permanência, o compromisso e o papel de guardiões da luz simbólica foram apontados como pilares essenciais para que o legado ultrapasse gerações.

Ao final, a celebração do Jubileu de Ouro reafirmou a força histórica e espiritual da ARLS Juca Paranhos, consolidando sua posição como referência da maçonaria paranaense e reforçando o propósito de seus membros em manter viva, pelos próximos 50 anos, a obra iniciada em 1975.

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